quinta-feira, outubro 3, 2024
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Estações Meteorológicas emitem relatórios da qualidade do ar de Volta Redonda

Acredite ou não, a qualidade do ar de Volta Redonda é boa, muito boa. Pelo menos é o que apontam os relatórios produzidos pelas quatro estações meteorológicas existentes na cidade no mês de novembro. Elas pertencem ao Inea e foram instaladas entre 2001 e 2003 em pontos diferentes e estratégicos, justamente para analisar e medir, em tempo real, a qualidade do ar. Elas possuem analisadores de gases traços e medem o volume de material particulado presente na atmosfera. O relatório de novembro foi satisfatório, e a média histórica destas análises também se mostrou suficiente.
A informação é de Hugo Thaner dos Santos, doutor em Meteorologia Aplicada pela Universidade Federal de Viçosa-MG. Hugo analisou os relatórios das quatro estações, instala- das nos bairros Belmonte, Vila, Nossa Senhora das Graças e Retiro, e garantiu que as medições classifi- caram o ar como satisfa- tório para os padrões (rigorosos) estabelecidos pelo Conama. “A qualidade do ar é medida em função do material particulado presente na atmosfera e não pela concentração de gases traços, como muitas pessoas pensam (…) Logicamente, muitos perguntarão do pó preto, principalmente perto da CSN”, ressaltou Hugo.
Sobre este assunto, o especialista afirma que o acúmulo de pó preto na cidade – que nos últimos meses foi encontrado em grande concentração nos quintais e varandas de vários imóveis (inclusive aqueles localizados longe da usina) tem uma explicação simples. Para ele, não foi a poluição que aumentou e sim a ocorrência de rajadas de ventos na cidade, associadas aos baixos volumes de umidade relativa do ar. “Certamente estes dois fatores potencializam a dispersão de material particulado (poeira e similares) no ar, levando a impressão de um aumento na poluição”, explicou. Segundo Hugo, a CSN sabe destas análises, porque recebe os relatórios produzidos nas quatro estações meteorológicas. “É por isso que ela tem investido em tecnologias para diminuir a dissipação de partículas no ar, pois as rajadas de vento são praticamente impossíveis de serem evitadas”, comentou, explicando a diferença entre ventos e rajadas de ar.
O primeiro, de acordo com Hugo, é um deslocamento simples de massa de ar, e o segundo, são deslocamentos intensos de massa de ar em determinados horários do dia e a cada 20 minutos. Nas rajadas, continuou o especialista, a velocidade do vento é maior que 5,14 metros por segundo, significando uma intensidade alta, e que acaba contribuindo, e muito, para a dispersão do pó preto por vários bairros da cidade.

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