sexta-feira, outubro 11, 2024
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Bater o martelo

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Como o aQui anunciou com exclusividade na edição passada, o prefeito Samuca Silva pegou a Via Dutra na manhã de quarta, 25, e se deslocou para São Paulo até a sede central da CSN para se encontrar com Benjamin Steinbruch. Foi disposto a dar um ultimato à empresa a respeito da proposta que fez para permutar o Escritório Central por dívidas de impostos, como o ISS, da ordem de R$ 70 milhões. A caminho da capital paulista, Samuca repetiu a frase que disse ao jornal: “Se insistirem muito (em impor novas regras), desisto do negócio”, reafirmou.

 

Samuca não jogou a toalha. Apenas adiou sua decisão por mais uma semana. “Vamos nos reunir novamente na quinta (3), às 14 horas”, disparou o prefeito de Volta Redonda, adiantando, de forma exclusiva, que ele e a CSN têm tudo para ‘bater o martelo’, expressão que usou para mostrar a importância do próximo encontro. 

 

“A proposta de venda (permuta) continua sendo avaliada por eles (CSN) e gira em torno de R$ 70 milhões, valor este que a CSN poderá abater de dívidas de impostos para nos ceder o Escritório Central”, disse Samuca por telefone ao sair de São Paulo. Logo a seguir, ele revelou a existência de uma nova proposta que ele e Benjamin Steinbruch passaram a tratar e que vai dar o que falar na cidade do aço: “Estamos avaliando uma gestão compartilhada para o Escritório Central da CSN”, revelou. “É para abrir (o prédio) sem pagar aluguel. Passa por dividir os custos”, acrescentou, sem revelar se a nova ideia partiu da prefeitura ou da siderúrgica.

 

Pela proposta, a CSN poderia ceder o uso do Escritório Central à prefeitura de Volta Redonda sem as despesas de aluguel. Ou seja, Samuca passaria a administrar o Escritório Central, sem pagar um tostão, a não ser as despesas de manutenção. “Que seriam divididas com a CSN”, disparou. “Não vamos pagar nenhum valor. Vamos dividir os custos, pois vamos ceder um espaço para a CSN. Não teríamos aluguéis, venda, permuta, abatimento de impostos. Nada, nada disso. Não tem aluguel, não tem nada. É uma cessão de uso à prefeitura. Que ele (Escritório Central) seja cedido à prefeitura”, disparou Samuca na entrevista exclusiva ao aQui.

 

A prefeitura de Volta Redonda teria apenas, continua, que manter o imóvel em bom estado, cuidando da sua conservação, limpeza. E poderia fazer uso dos andares e salas em proveito próprio, entregues às secretarias do governo, ou cedendo e cobrando taxas e aluguéis de terceiros. Um andar poderia, por exemplo, ser usado para a criação do Museu Tecnológico, cita o prefeito. “Nosso governo criou um canal de diálogo com a CSN, o que é de suma importância para a cidade. Estamos debatendo e tirando do papel projetos de desenvolvimento para Volta Redonda”, completou.

 

Também participaram do encontro (ver foto) o diretor institucional da CSN, Luiz Paulo Barreto, e os secretários de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Joselito Magalhães, e de Administração, Carlos Baia. “Estamos dando continuidade a uma série de conversas que tivemos com a CSN, inclusive com compromisso de ocupar espaços da cidade que hoje são da siderúrgica. O que queremos é atrair investimentos, gerar desenvolvimento, emprego e renda”, comemorou Samuca.

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