Varandão da saudade
Olha aí a seleção da LDVR – Liga de Desportos de Volta Redonda em 1961. A foto foi tirada no Raulino de Oliveira e pertence ao acervo do Cid.
Em pé da esquerda para a direita: Raul, Eli, Romero, Marreta, Cid e Murtha. Agachados: Coração, Neném, Alan,Waltinho Maleco e Loló.
Comemorar o quê?
Comemorar não ser rebaixado para a série D, depois de um empate sem gols com o lanterna do grupo, e ainda por cima graças ao saldo de gols negativos é o mesmo que fazer um churrasco para comemorar quando um parente sai da cadeia. Dá uma vergonha danada!
Foi assim que o torcedor do Voltaço deixou o Raulino, no sábado, 11, após assistir a uma das piores peladas de futebol realizado no estádio nos últimos 42 anos. Foi, literalmente, uma droga.
A inoperância do Volta Redonda era tão irritante que, ao ser informado que o Tupi – outra porcaria que brigava para não cair – estava sendo goleado, o técnico do time resolveu se garantir colocando quatro jogadores para marcar um atacante, na altura do meio campo. Detalhe: e o adversário atuava com apenas nove jogadores. Pior, mesmo em desvantagem numérica, quase faz um gol no final da partida, o que seria um desastre total.
Tudo bem que o Voltaço desperdiçou várias oportunidades e chegou a colocar uma bola na trave. Porém, não fez os gols por pura incompetência, que começou pela escalação do time, toda improvisada. Para se ter uma idéia, o treinador improvisou um meia como centroavante e deixou dois atacantes de oficio no banco. Enfim, era o samba do crioulo doido.
O ano de 2018 deve ser esquecido. No estadual, para relembrar, o Volta Redonda foi rebaixado e só se salvou pela burrice do departamento técnico do Macaé, que escalou um jogador irregular. Foi punido com a perda de 26 pontos e caiu, cedendo a vaga para o tricolor de aço. Tem mais. Na série C, foi esse vexame que acabamos de ver. Só escapou por um triz de voltar para a série D.
A tragédia, como todos se lembram, já era esperada desde que a diretoria – cheia de grana – resolveu economizar nas contratações, poupando dinheiro para investir para a disputa da série C. Estava na cara que a jogada seria furada. Afinal, quando chegasse o brasileiro, os ‘melhores jogadores’ já estariam empregados e o clube teria que se contentar com o resto, com os bagulhos que seriam empurrados goela abaixo por empresários bem espertos. Mais de 30 de chegaram e poucos foram utilizados. Deu no que deu.
O torcedor pode até ter saído aliviado. Mas, a maioria, saiu p… da vida, pois esperava mais do time e da diretoria. Tenho dito!
Missão dada
O técnico Moacir Júnior, como era de se esperar, dançou e Wilson Leite, mais uma vez, assume o comando do Voltaço para a disputa da Copa Rio. Engraçado é que Moacir saiu cantando de galo, dizendo que sua missão era tirar o time da zona de rebaixamento, o que conseguiu. Moacir esquece, entretanto, que pegou o time na 8ª posição e o entregou na 8ª colocação. Não vejo vantagem nenhuma. Fraco.
Barra Mansa
Na estreia do técnico Moreno, o Leão venceu, de virada, o time do Queimados por 3 a 2. Na quinta, 16, enfrentou o Casimiro de Abreu no Raulino, e venceu por 2×1. Amanhã domingo, 26, às 15 horas, joga contra o Nova Cidade, em Nilópolis.
História
No interior de Minas, num jogo à noite, duas equipes decidiam o campeonato local. Casa cheia, jogo duro. Só que aos 44 minutos do segundo tempo, quando o placar ainda era 0 a 0, Deco Tijolão, cracaço, arrancou do meio campo e foi driblando todo mundo. Ao entrar na área, quando ia chutar a gol, as luzes se apagaram. Expectativa no estádio. Quando a luz voltou, o juiz estava no meio de campo, dando o gol. Revoltados, os visitantes partiram para cima do árbitro: “Como o senhor pode dar o gol se a luz apagou e ninguém viu a bola entrar? Tá maluco?”. Na maior cara de pau, o juiz explicou: “Pelo o que eu conheço do Deco Tijolão, dali ele não perde”. É mole? (extraído do meu livro Varandão da Saudade I).
Barca
Ainda com vagas e sem coletes salva-vidas, a barca do Voltaço, capitaneada por Moacir Junior e seu auxiliar Altair Coimbra, já topou levar embora de Volta Redonda, os seguintes ‘craques’: Luiz Gustavo, Dudu, Anselmo, Diogo Maia, Romarinho, Rafael Granja, João Cleriston, Diego, Bruno Costa, Dija Baiano, Marcelo. Ah, ainda cabe mais.
Copa Rio
Wilson Leite deverá aproveitar alguns jogadores da base na Copa Rio. Isso é bom. A propósito, o Volta Redonda precisa vencer o São Gonçalo na quarta, 22, por três gols de diferença para passar para a próxima fase do torneio. No jogo de ida, o Voltaço foi goleado por 3 a 1. Senão, será mais um vexame.
Racha
Um grupo de 30 torcedores do Voltaço continua se movimentando para escolher um nome que queira disputar as eleições para a presidência do clube em novembro. O problema é que o grupo está se dividindo. Uma parte estaria negociando com Flavio Horta Júnior alguns cargos na diretoria e teria indicado Gelver Giliard para ser o vice-presidente. Em entrevista ao repórter João Bosco, da Rádio do Comércio, Horta confirmou que vem se reunindo com o grupo e teceu elogios ao provável vice, mesmo sem citar o nome do ‘sortudo’. Outra parte do grupo, entretanto, ameaça debandar e apoiar outro candidato.
Bola fora
Para os técnicos, jogadores e dirigentes do Voltaço que, em 2018, protagonizaram as piores partidas da história do Estádio Raulino de Oliveira. Sem contar os vexames do estadual e da série C do brasileirão. Lamentável!
Bola dentro
Para quem teve a brilhante idéia de levar mais de mil crianças das escolas públicas de Volta Redonda ao Raulino, no sábado, 18. Acompanhada dos pais ou responsáveis, elas brincaram mais do que torceram, mas fizeram uma festa bonita. Pena que só viram uma baita pelada de futebol. Mas valeu pela iniciativa. É a renovação da torcida do tricolor de aço.