sexta-feira, junho 2, 2023
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Bate-Bola Sergio Luiz

Em homenagem a boa fase do Voltaço, este é o time do de 1987. Somente dois jogadores de fora, Figueiroa e Isidoro. Foto pertence ao acervo do Edinho Silva. Colaboração do Manú.

Em pé, da esquerda para a direita: Dr. Reinaldo Couro, Eli, Figueiroa, Edson Moita, Manú, Isidoro, Valtinho, Luiz Cláudio e Dr. Cláudio Bittencourt. Agachados: Batista (Massagista), Botelho, Chita, Betinho, Léo, Russo e Cafu. Mascotes: Reinaldo Júnior, Vinícius e Luiz Eduardo.

Contra tudo e contra todos
Foi uma grande vitória, mas poderia ter sido melhor, se não fossem as ‘forças ocultas’. Elas agiram na partida em que o Voltaço derrotou o poderoso Fluminense por 2 a 1 no estádio Raulino de Oliveira e, se não fosse por elas, a vantagem teria sido maior para o jogo decisivo deste sábado, quando as duas equipes voltam a se encontrar às 16 horas no Maracanã. Só mesmo essas malditas forças ocultas podem explicar os erros grosseiros do árbitro de campo e do tal VAR (árbitro de vídeo) na primeira partida. Um deles foi o pênalti claro cometido em Pedrinho, do Volta Redonda, que foi derrubado na área. Jogada que o árbitro e o VAR fizeram vista grossa. O pênalti, se fosse marcado, poderia redundar no terceiro gol do time da casa, o que deixaria o Volta Redonda com uma boa vantagem para a segunda partida. O outro foi a falta cometida pelo zagueiro Nino, no gol do Fluminense, quando, na frente do árbitro, o jogador se apoiou nas costas do zagueiro Sandro Silva. Falta clara, não marcada. Curiosamente, em 2005, aconteceu algo parecido. O Fluminense, na segunda partida, precisava vencer por diferença de dois gols e, em um lance igual, o atacante Tuta, numa disputa pelo alto, cometeu falta no goleiro Lugão, não assinalada pelo árbitro Edilson Silva. A bola bateu no travessão, tocou no zagueiro Ailson e entrou. Com o gol, o Fluminense virou a partida e acabou vencendo por 3 a 1.
Na vitória do Voltaço, o que se viu foi um nó tático dado pelo técnico Rogério Correia no treinador Fernando Diniz. Ele conseguiu anular as jogadas preparadas para German Cano. Foi uma atuação impecável do tricolor de aço, que mostrou que o time está voando sem temer os adversários. Uma linda vitória que deu ao Voltaço a vantagem do empate na partida de volta, hoje, sábado, 18, às 16 horas, no Maracanã. Quem viver verá!

Decisão
Na partida de hoje, o Voltaço decide a sua sorte no estadual de 2023. Se empatar ou vencer, espera por Vasco ou Flamengo, que jogarão amanhã, às 18 horas. O time retornou de Goiás e já está no Rio de Janeiro. Uma caravana com mais de 30 ônibus deverá sair de Volta Redonda na manhã deste sábado para assistir aquilo que promete ser um jogão de bola. O prefeito Neto, no programa Dário de Paula, prometeu que, se o Voltaço se classificar para a final, vai colocar 200 ônibus à dis- posição dos torcedores, relembrando a ‘febre amarela’ de 2005. Será?

Classificado
Na quarta, 15, o Voltaço se classificou para a terceira fase da Copa do Brasil, ao derrotar nos pênaltis o Atlético-GO pelo placar de 5 a 4. No tempo normal, houve empate em 1 a 1, sendo que Felipe Vizeu (ex-Flamengo) abriu o marcador e Berguinho saiu do banco para empatar a partida e levar a decisão para as penalidades máximas. Além da classificação, o tricolor de aço trouxe mais de R$ 2.100,00. Já tinha faturado R$1.650,00 pela participação na Copa e na classificação para a segunda fase. Se passar para as oitavas de final, vai faturar outros R$ 2.100,00. Os jogos da terceira fase serão definidos por sorteio, já com a participação de todos os grandes clubes.

Melhor campanha
Esta é a melhor campanha do Volta Redonda na Copa do Brasil desde 2006, quando foi eliminado pelo Vasco nas quartas de final. Dois anos depois, em 2008, saiu do torneio ao ser eliminado pela lusa paulista. Em 2013, foi eliminado logo na primeira fase pelo Avaí, sendo que, em 2017, também saiu cedo ao perder para o Cruzeiro. Em 2020, vejam só, foi eliminado pelo Lagarto-SE logo na primeira fase. Em 2021, dançou na segunda fase ao perder para o Juazeirense, e, por último, em 2022, foi eliminado, logo de cara, pelo poderoso Tuntum.

História
Renato Papai era um goleiro baiano que fez história no Voltaço. Em 1970, ainda no Bahia, chegou a estar entre os 40 jogadores relacionados pela CBF para disputar o Mundial do México. Na década de 80, Renato foi trazido pelo saudoso presidente Joaquim Fagundes, o Quincas, quando perambulava pelas ruas de Sergipe. Recuperado pelo Volta Redonda, tornou-se um dos melhores goleiros do tricolor de aço. Era uma figuraça, sempre alegre e gozador. Certa vez, no jogo contra o Flamengo, no Raulino, Papai (era o apelido, porque tinha a mania de chamar todo mundo assim), fechou o gol, numa atuação espetacular. Porém, o Voltaço perdeu por 1 a 0. No final do jogo, fui entrevistá-lo e perguntei qual teria sido a defesa mais difícil. Na lata, ele me respondeu, com jeito gozador: “A mais difícil foi aquela que entrou”. É mole?

Série C
A CBF vai investir R$ 70 milhões na série C do Brasileirão, o que corresponde a um aumento de 40% na premiação a ser paga aos 20 clubes que irão participar da competição. A verba vai pagar todas as despesas dos clubes com transporte, hospedagem, alimentação, custos de arbitragem e antidoping, entre outros gastos. A série C começa no dia 3 de maio e cada clube receberá R$ 800 mil na primeira fase e, na fase final, os oito clubes classificados receberão mais R$ 240 mil.

Resende
A diretoria do Resende anunciou a saída do técnico Sandro Sargentim. Ele estava no clube desde 2019, como treinador das equipes de base, e assumiu o time profissional em 2020. Apesar do rebaixamento, fez um grande trabalho, tendo conquistado a Taça Rio de 2022 e implementado a formação da Pelé Academia. Quem assume o cargo é Eudes Pedro, que foi auxiliar do técnico Cuca, ex-Atlético-MG, por mais de 20 anos.

Arbitral
A Ferj determinou que todo clube que subir para série A do Carioca de 2024 assine contrato coletivo de TV, como ocorreu este ano quando 10 dos 12 clubes – as exceções foram Bota-fogo e Vasco – assinaram contrato com a Brax. Obedece quem tem juízo, né?

Bola fora
Para a violência que continua imperando no futebol dentro e fora de campo. As cenas lamentáveis antes e depois do clássico Vasco e Flamengo devem ser coibidas com o máximo rigor. Não se pode tolerar a impunidade de verdadeiros bandidos, infiltrados
nas torcidas organizadas. Tomara que amanhã as cenas não se repitam.

Bola dentro
Para a fase de ouro que atravessa o Voltaço. Está atropelando e não socorre as vítimas. Só falta agora passar por cima do Fluminense hoje, sábado, 18, para fechar com chave de ouro a semana de vitórias. Depois, que venha quem vier. Tá valendo!

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