Desde o início da pandemia do novo coronavírus, o prefeito Rodrigo Drable vem pedindo, implorando até, que as pessoas fiquem em casa. Mandou até recolher as pessoas (13) em situação de rua e as levou para um abrigo, onde passou uma noite ao lado delas. Pois bem, desde o final do mês, ele vem dando sinais de que está prestes a acabar com o isolamento social dos barramansenses (ver aQui edição 1193).
Deve até permitir a volta dos estudantes às salas de aulas, tanto que está comprando 150 termômetros digitais por R$ 22.380, que, certamente serão usados nas escolas para aferir a temperatura dos alunos. Tem mais. Já marcou a realização de um leilão, para o dia 14 de abril, para alugar veículos (não disse quantos) para o transporte dos professores das suas casas para as escolas e vice-versa.
Em nota aos jornais, Rodrigo, apesar de reiterar que todos devem ficar reclusas em suas casas, informou que o isolamento deve continuar até o próximo domingo, 13. O pronunciamento foi na segunda, 30, e o prefeito tratou de acrescentar que a reclusão pode ser prorrogada, “dependendo da evolução dos casos do Covid-19 em Barra Mansa.
Atualmente, a cidade tem registrado apenas 6 casos do vírus, sendo que um deles foi o primeiro em todo o estado do Rio. No sábado passado (28), foram registrados dois deles, de um casal de médicos que teriam encerrado o período de quarentena na terça, 31. Outro médico, também com o vírus, ficou mantido em isolamento domiciliar até quarta, 1. Além deles, uma idosa de 73 anos, que teria tido contato com familiares no Noroeste Fluminense, e um jovem de 20 anos, que estuda em uma cidade (Volta Redonda) com alto índice de contágio, teriam sido atingidos pelo coronavírus.
Apesar do pequeno número de casos, comparado com Volta Redonda, Rodrigo insistiu – pensando no futuro – em ressaltar a importância das pessoas se manterem em suas casas, a fim de reduzir o contágio. “A contaminação já está acontecendo. Temos exemplos de cidades vizinhas com índices alarmantes e as pessoas em Barra Mansa estão circulando nas ruas como se nada estivesse acontecendo. Precisamos entender que o período não é de férias”, expressou, referindo-se à ação que a Guarda Municipal teve que promover para retirar dezenas de idosos que estavam na praça da matriz (ver foto).
Rodrigo foi além. Relacionou o fato da praça à ansiedade das pessoas em querer retornar ao velho e bom ‘dia a dia’ de suas vidas. E garantiu que para que isso aconteça de ‘forma rápida’, é necessário haver maior compreensão do atual cenário nacional. “Barra Mansa e região ainda terão muitos casos se não respeitarmos esse período. Eu entendo o desejo das pessoas quererem retomar suas vidas, mas quando o período mais crítico passar, teremos que adaptar a uma nova vida. O pico vai passar, mas a doença vai continuar circulando e os mais vulneráveis continuarão no grupo de risco. A realidade é dura, mas tem que ser entendida”, frisou, sem determinar data para o fim do pico.