Palocci volta atrás e recontrata advogado para negociar delação. Lula se ferrará, mais uma vez, caso o “Italiano” conte toda a patifaria mantida com o “chefão”.
Diante do juiz Sérgio Moro, Lula, irrequieto e nervoso, quis transferir à sua falecida esposa a responsabilidade pelo tríplex de Guarujá, com evasivas de que o imóvel tinha quinhentos defeitos, era pequeno demais para uma família numerosa (como se todos fossem morar sob o mesmo teto) e que a falecida não gostava de praia, mas Lula e Marisa já foram fotografados inúmeras vezes em praia.
Por outro lado, os marqueteiros João Santana e Mônica Moura – que não têm por que blindar Lula e Dilma, pois a atuação deles era apenas de prestação de serviços profissionais e, portanto, tinham que ser remunerados pelos trabalhos prestados, não importando a fonte e nem o local dos pagamentos – se somam a Odebrecht, OAS, Delcídio do Amaral, Renato Duque e a Joesley Batista/JBS, para desnudar a vestal, a pureza, o fingimento de Lula e Dilma, que sempre afirmaram que não havia corrupção em seus governos e que não participavam de falcatruas na macrodelinquência governamental.
Mônica Moura revelou que recebia de Dilma informações sigilosas da Lava-Jato. Elaborou até senha secreta para se comunicar com Dilma. Enfim, com a maior naturalidade Mônica contou o submundo corrupto da presidente cassada e do chefão Lula e disse mais: que Dilma Rousseff mandou Mônica Moura pagar o cabeleireiro Celso Kamura porque ela “não tinha rubrica” para isso. Foram 40 mil reais em dinheiro para tratar da cabeleira da “presidenta inocenta”.
E para completar o quadro emoldurado de denúncias de corrupção, eis que o empresário Joesley Batista, da JBS, vem botar mais combustível na fogueira ao divulgar gravações que comprometem o comportamento do presidente Michel Temer, como também do senador Aécio Neves.
Como sói acontecer, todos os denunciados negam a veracidade das acusações. Só que é muita coincidência haver uma conspiração de todos para prejudicar Lula, Dilma, Temer e Aécio.
Somente ingênuos brasileiros podem acreditar na santa inocência dos personagens aqui abordados. E quanto à honradez de Lula e Dilma, especialmente diante das confissões de gentes de sua relação, a vestal deles fica desnudada.
A história do Brasil não pode continuar sendo desmoralizada por políticos ou grupos empresariais corruptos mais interessados em saquear os cofres públicos, enquanto continuamos tendo bolsão de miseráveis acentuados nos estados, por exemplo, de Alagoas, Ceará, Maranhão, Amazonas, como também nas demais unidades da federação.
Júlio César Cardoso
Bacharel em Direito e servidor federal aposentado