Estado já sofreu este ano mais de 100 incêndios florestais em 10 cidades

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A comissão do ‘Cumpra-se’, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio, voltou a se reunir para debater medidas de prevenção e combate aos incêndios florestais no estado. Durante a audiência, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) apresentou estudo segundo o qual somente em março deste ano foram registradas 106 ocorrências de incêndios florestais, que afetaram mais de 900 hectares de mata em 10 cidades, entre elas, Barra Mansa e Volta Redonda.
Tem mais. O colegiado apontou as consequências que esses incêndios geram para o meio ambiente: destroem a biodiversidade, agravam a crise hídrica, contribuem para o aquecimento global, além de prejudicar a saúde da população, ocasionando problemas respiratórios em razão da proliferação da fumaça e fuligem.
O presidente da Comissão, deputado Carlos Minc (PSB), ouviu as demandas e sugestões dos representantes de setores ambientais para implementar o Projeto de Lei 2667/2023, que está em tramitação na Casa e que visa criar um Sistema Estadual de Prevenção aos Incêndios.
Minc explicou a necessidade da criação desse projeto. “O estado do Rio não tem um sistema estadual integrado de combate ao incêndio florestal e é urgente que o governo elabore uma política de prevenção que funcione na forma de sistema, ordenando, prevenindo e combatendo efetivamente os incêndios de forma articulada com o Corpo de Bombeiros e outras instituições públicas e, sobretudo, com setores da sociedade civil tais como os brigadistas e o voluntariado”, disse o parlamentar.
A Comissão trouxe para a pauta a responsabilidade da população na causa dos incêndios florestais, visto que, segundo dados da Polícia Civil, 99% dos incêndios são criminosos, por serem resultados da soltura de balões e queimadas.
Ranieri Pereira, inspetor da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente da Polícia Civil, ressaltou a relevância da investigação desses crimes como importante forma de combate. “Enquanto sociedade civil, nós precisamos que cada um tenha a sua participação nessa luta. Nas nossas investigações, sabemos que existem até mesmo quadrilhas que vêm de outros estados para praticar a soltura de balões e por isso a importância do trabalho em conjunto. Precisamos que exista sempre a comunicação sobre as ocorrências, por exemplo”, pontuou.